Mistério

O Experimento Filadélfia realmente aconteceu?

Experimento Filadélfia
Escrito por Rafael Rodrigues

O Experimento Filadélfia. Seu nome original era “O Projeto Arco-Íris”, embora os amantes das teorias conspiratórias e, mais tarde, o próprio cinema, tenham chamado o ocorrido em 28 de outubro de 1943 de “O Experimento Filadélfia”.

Temos certeza de que você já ouviu falar do destróier da Marinha USS Eldridge, aquele navio de dimensões imensas e toda a sua tripulação que, segundo conta a história, foi tornado invisível para despistar o inimigo.

Mas há mais: esse suposto experimento de guerra teria causado algo ainda mais inesperado — a teletransporte. O USS Eldridge teria aparecido a centenas de quilômetros dos estaleiros navais da Filadélfia, onde estava originalmente.

Um evento fora da lógica e da compreensão, que permanece, até hoje, como documento classificado. A Marinha dos EUA afirma que nunca houve tal experimento e que o ocorrido naquela manhã de 28 de outubro de 1943 existiu apenas na mente daqueles que se dedicam a construir teorias conspiratórias.

Então, o “Experimento Filadélfia” realmente aconteceu? Fique conosco no Isto é Curioso, por que vamos revisar as evidências do que ocorreu naquele dia para tirarmos nossas próprias conclusões.

Nikola Tesla, a invisibilidade e o Projeto Arco-Íris

Experimento Filadélfia
Experimento Filadélfia

Plena Segunda Guerra Mundial. A marinha estava ansiosa por obter novas tecnologias, engenharias fora do comum que pudessem conceder ao exército a mínima vantagem sobre o inimigo. Não há contexto mais propício para a pesquisa do que os períodos de guerra, momentos em que há maior investimento econômico e sinal verde para qualquer tipo de experimentação, já que os interesses atingem seu preço mais alto.

Foi um período em que os trabalhos inovadores de Nikola Tesla sobre dinâmica gravitacional ganharam destaque. Um grupo de cientistas das universidades de Chicago e Princeton queria descobrir se era possível trabalhar com a invisibilidade, utilizando a teoria de Tesla sobre o uso de campos eletromagnéticos. Também se basearam em algumas ideias de Albert Einstein.

O gênio que, na década seguinte, atuaria como consultor da marinha americana já estava, naqueles anos, explorando a ideia de deformar o fluxo da luz e tentar alterar a relação entre espaço e tempo para alcançar algum tipo de teletransporte.

Algo que parecia mais ciência-ficção do que realidade, mas uma dimensão que, ainda assim, merecia ser considerada e testada pela Marinha. Especialmente depois que a Universidade de Princeton começou a demonstrar que a invisibilidade já era possível com pequenos objetos. Por que não tentar com algo maior?

O experimento com o USS Eldrige

Experimento Filadélfia
Experimento Filadélfia

Chegou o dia. A intenção era ao mesmo tempo simples e complexa: desviar a luz de um navio escolta para torná-lo invisível — ou pelo menos tentar. O escolhido para o experimento foi o navio escolta USS Eldridge DE-173. Para isso, foram realizadas modificações significativas na embarcação, permitindo que o experimento fosse possível.

No interior do navio foram instalados dois geradores gigantescos de 75 kilovolt-ampères cada, quatro bobinas no convés, três transmissores de 2 megawatts, circuitos de sincronização e modulação, e cerca de três mil tubos amplificadores.

O objetivo? Que toda essa sofisticada engenharia instalada no USS Eldridge gerasse campos eletromagnéticos massivos, capazes de curvar as ondas de luz e rádio ao redor do navio, criando sua completa invisibilidade ao radar.

Resultado do Experimento

Os testes começaram em julho de 1943 e, de fato, tiveram algum sucesso. O navio era envolvido por uma espécie de névoa esverdeada e simplesmente desaparecia dos radares por alguns segundos.

O projeto estava progredindo, mas a tripulação frequentemente se queixava de náuseas, vômitos e tonturas. Por isso, decidiram realizar alguns ajustes para refinar melhor a tecnologia.

Os testes foram retomados em 28 de outubro do mesmo ano, em um estaleiro na Filadélfia. No entanto, dessa vez, algo inesperado aconteceu. Os geradores gigantes do USS Eldridge começaram a vibrar intensamente, emitindo um som ensurdecedor.

Uma densa camada de névoa verde se ergueu e cobriu completamente o navio. Quando essa névoa se dissipou, o céu foi iluminado por um raio azul, e o USS Eldridge desapareceu.

A desaparecimento durou 15 minutos. E, durante esse tempo, algo tão incrível quanto desconcertante ocorreu. O navio apareceu repentinamente a centenas de quilômetros da Filadélfia, especificamente na base naval de Norfolk, em Newport News, Virgínia. Depois de estar lá, ele retornou à sua posição original, no estaleiro da Filadélfia. Mas… e a sua tripulação?

Consequencias do Experimento Filadélfia

Experimento Filadélfia
Experimento Filadélfia

Carl Meredith Allen era um marinheiro da tripulação do navio S.S. Andrew Furuseth, uma testemunha que esteve presente durante o experimento e posteriormente relatou e trouxe à tona o que aconteceu naquele dia. Segundo ele, quando o USS Eldridge desapareceu após o raio azul, todos que estavam observando o evento sofreram hemorragias nasais e tonturas.

Mas o pior aconteceu quando, alguns minutos depois, o navio “retornou” à sua posição original, no estaleiro da Filadélfia. Cinco membros da tripulação estavam fundidos com a estrutura metálica do navio. Outros marinheiros haviam perdido partes do corpo — braços, pernas… Um evento inexplicável e terrível que o exército tentou ocultar imediatamente, mas que custou a vida de muitos.

O marinheiro Carl Meredith Allen denunciou o ocorrido anos depois, em 1956. Sob o pseudônimo de Carlos Allende, enviou três cartas ao professor de astronomia, matemática e ufólogo Morris K. Jessup para que ele divulgasse o que havia acontecido.

Allen explicou também que muitos de seus colegas e tripulantes a bordo do USS Eldridge desapareceram diante de seus olhos, como se uma luz os desmaterializasse de repente. Outros acabaram internados em hospitais psiquiátricos, acometidos por uma inexplicável loucura.

O relato de Allen teve algum impacto? Sim e não. Graças a ele, sabemos sobre o que supostamente ocorreu naquele outubro de 1943, mas ninguém conseguiu provar que o “Projeto Arco-Íris” realmente aconteceu.

O Instituto Naval dos Estados Unidos mal possui registros gráficos do USS Eldridge. O próprio navio foi desmontado na Grécia em 1951 e reconstruído sob o nome Leon HS.

Morris Jessup, o cientista que recebeu as cartas de Allen, foi encontrado morto pouco tempo depois, dentro de seu carro, em uma estrada da Flórida. E quanto ao próprio Carl Meredith Allen? O jovem que se arriscou a contar o que aconteceu terminou sua vida como muitos de seus colegas da Marinha que testemunharam o Experimento Filadélfia: foi declarado louco e internado em um asilo.

O que aconteceu com o USS Eldridge parece permanecer envolto nas névoas verdes de um segredo que talvez nunca conheçamos completamente. Qual é a sua opinião?

Sobre o Autor

Rafael Rodrigues

Olá me chamo Rafael Rodrigues e sou o criador do site Isto é Curioso.
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